segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Mesa


Acordei sem ter muito o que fazer.
Na televisão nada que preste...
Na Internet, já li tudo que prestava...
O que fazer para passar o tempo?
Lembro da conversa que tive a pouco no telefone: a mesa!
Mas como se comprei uma serra ao invés de um serrote?
Se ao menos eu tivesse dado ouvidos ao gordinho, quatro olhos e de juba branca... Mas esses seres mitológicos só existem na minha cabeça e faz bem pra minha sanidade não dar ouvidos a eles. Imaginem só uma criatura que usa a mesma roupa todos os dias... Só pode ser algo saído da cabeça de alguém do tipo Mauricio de Sousa.
Mas e se eu improvisasse?
“Improvisar”, que idéia excelente!!! Muito obrigado meu São MacGyver!
Não tem como saber se ela vai gostar; nunca tem.
Se ela gostar terei feito três coisas boas numa tacada e se ela não gostar, vou mais uma vez maldizer aquele exame de audiometria e ouvir muito. Mas, pensando bem, ouvir muito é o que eu mais faço neste casamento e, pensando melhor ainda, isso nunca me impediu de fazer alguma coisa que pudesse dar errado. “Cadeia”, isso sim faz efeito!
Mãos à obra: duas cadeiras + madeira + papelão + baú + 139 episódios de “Profissão Perigo” e voilà: ai está, minha obra prima!
Depois de algum tempo Loreninha chegou.
Farejando como um velocirapitor ela foi rapidamente até o quarto modificado.
Será que gostou? Acho que não.
iiiiii tá chorando.
O sinal de insatisfação mais óbvio que o ser humano pode inventar para transmitir a outro ser humano que está insatisfeito e que qualquer homem rapidamente consegue compreender
Só de pensar no que está por vir já começo a ficar inquieto, fiz o que pude.

Estava feita a merda.



Ass: A outra parte.